quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Bayer Leverkusen 2016: Melhores do ano

O ano de 2016 para o Bayer Leverkusen foi mais um para a torcida lamentar a falta de títulos e se contentar com as classificações para a UEFA Champions League no final de cada Bundesliga. Duas temporadas (final da 2015/16 e começo da 2016/17) preencheram o ano, que além da Liga Nacional, tivemos Copa da Alemanha, as quais saímos de forma vergonhosa e em ambas, Liga dos Campeões e Europa League. Mas, tivemos alguns detalhes para comemorar, como belas atuações contra equipes poderosas de Alemanha e Europa por Bundesliga e Champions League, e também permanência e renovações das espinhas dorsais do plantel.

Números no ano: 46 jogos disputados, 21 vitórias, 12 empates, 13 derrotas, 104 gols marcados, 57 gols sofridos com saldo positivo de 47 gols.

Lesão de Bellarabi, desmoronou o time.
Foto: AP/dpa
Melhor jogador do ano: Karim Bellarabi - Gols, belas jogadas, energia e eficiência, ingredientes para tornar um time vencedor, respeitado, temido e idolatrado com muita motivação por sua torcida, tudo isso esteve dentro de Bellarabi quando esteve com a camisa do Leverkusen, não importa se no ataque, meio ou lateral defensiva e ofensiva. Um atleta que quando atuou instituiu seu futebol, a equipe entendia que para vencer, precisava ir pra cima e que para alcançar seu objetivo, precisa mostrar empenho antes, durante e depois dos 90 minutos. E para confirmar tudo isso, após sua grave lesão, a carência do princípio vital produziu o pior do Bayer no ano.






Chicharito marcou na vitória contra o Dortmund.
Foto: Dean Mouhtaropoulos
A melhor atuação: Bayer Leverkusen 2x0 Dorussia Dortmund -  Em um ano que os números mentem em relação ao que a equipe apresentou tecnicamente e principalmente taticamente em campo, a melhor atuação do time de Roger Schmidt foi na vitória por 2 a 0 contra o Borussia Dortmund no dia 01 de outubro, na BayArena, onde a dupla de ataque, Admir Mehmedi e Chicharito Hernández marcaram os gols, justificando a superioridade da equipe em todos 90 minutos. Lars Bender e Benjamin Henrichs ensinando a defender e atacar e um exclusivo Ömer Toprak mostrando autoridade na zaga ao lado de Jonathan Tah.
A equipe entrou com bastante sede ao pote, que fez uma grande marcação e exibindo uma bela transição, algo inédito até então. O brasileiro Wendell, o atacante Kevin Volland e o volant Julian Baumgartlinger entraram durante o jogo e deram continuidade a vitória convincente naquela tarde em Leverkusen.



Golaço foi considerado um dos mais bonitos da história da Bundesliga
Foto: Mika Volkmann/Getty Images
Gol mais bonito: Chicharito (Leverkusen 3x0 Wolfsburg) - Foi um ano de muitos gols bonitos de primeira e fora de área, como os de Vladlen Yurchenko contra o VfL Wolfsburg e AS Mônaco, o de Hakan Çalhanoglu contra o Darmstadt e dois dos três marcados por Joel Pohjanpalo contra o Hamburg SV. Mas, entre todos esses, destaco e coloco o de Chicharito Hernández contra o Wolfsburg na vitória por 3 a 0 na BayArena a cima de todos. Após uma roubada de bola do próprio mexicano contra o defensor Dante, Wendell toca para Christoph Kramer (hoje no Borussia M'Gdbach) lançar Bellarabi, que domina, enrola a jogada e com frieza toca para Chicharito, que da quina da grande área, ajeita e manda um veneno cheio de curva do gol, a bola entrava no canto esquerdo de Diego Benaglio, que como todos, apenas assistiu a obra de arte.





Jouvin é preparador do Bayer desde 2011.
Foto: Cassio Barco
Melhor brasileiro: Daniel Jouvin - O zagueiro André Ramalho e o lateral Wendell foram os brasileiros do Leverkusen no ano de 2016. Ramalho mostrou qualidade na guarda da "volância" em alguns jogos, mas falhas na zaga que jogos depois, foram corrigidas e terminou sua passagem com uma sensação de "vou voltar e brigar por meu lugar, com ainda mais garra". Já o nordestino Wendell, com toda sua alternância técnica, foi "comendo pelas beiradas" e garantindo a confiança de Schmidt.
Mas, nenhum brasileiro teve um trabalho mais efetivo que o preparador físico Daniel Jouvin, papel fundamental em exatos todos os jogos de todas as competições e importâncias. Fisicamente, foi visível ver a equipe bem condicionada e por esse belo detalhe, coloco Jouvin como o principal nome brasileiro dos Löwens no ano.








Volland chegou com status de estrela.
Foto: Bayer 04
Melhor contratação: Kevin Volland (Hoffenheim) - Dos novos jogadores que atuaram a partir de 2016, o que mais deixou boa impressão foi o atacante Joel Pohjanpalo, porém o atleta voltou ao clube e não está na categoria Contratação. Isso faz com que seja analisado todos os nomes dos atletas contratados no ano e lamentando, encontro bons nomes no papel e com más atuações ou importância protagonística, um deles a ser escolhido. Mas, em meio a tudo isso, considero o atacante Kevin Volland como melhor compra.
O jovem alemão veio como a grande estrela do 1899 Hoffenheim e com uma Copa do Mundo em seu currículo, além de garantir destaque midiático ao Werkself e gerar respeito ao ataque formado por Bellarabi, Chicharito e Ele. Gols, assistências e boas atuações tiveram, não o suficiente para pagar os 20 milhões de euros gastos no atacante, mas sem dúvida, ainda sobra muita esperança atrás do "Zac Efron". Ou seja, escolha feita por exclusão e não por méritos.



11 MELHORES DO ANO

Reprodução/YouTube

Goleiro: Bernd Leno - Não há como não votar no único grande goleiro que o Leverkusen possuiu no ano. "Lenomenal" salvou a equipe por diversas vezes, com defesas incríveis e bloqueio de pênalti, atuações essas, que lhe fez ser convocado por várias vezes à Seleção Alemã, onde já foi titular, superando Marc ter Stegen, goleiro do poderoso Barcelona.







Foto: Imago/Hübner
Lateral direito: Tin Jedvaj - A posição que teve a lacuna deixada por Giulio Donati, foi bastante crítica em todo o ano, nas duas temporadas, com bastante rodagem de jogadores. O conceito da minha escolha pelo croata, é que de todas atuações de todos que passaram pela área, é que as exibições de Jedvaj no final da temporada 2015/16 são as que mais fazem faltas ao time de hoje.





Foto: David Ramos/Getty Images Europe
Zagueiro direito: Jonathan Tah - Vindo de um ano maravilhoso, Tah começou e terminou 2016 como o melhor defensor linha do time, passando segurança pelo alto e pelo baixo e mesmo em meio das suas falhas, usou a velocidade, outro ponte forte, para corrigir a jogada e sair para o jogo.









Foto: Getty Images
Zagueiro esquerdo: Ömer Toprak - Se existe que "mudou da água pro vinho", este é Toprak. O turco fez uma temporada 2015/16 perfeita, chamando atenção de diversas equipes do futebol inglês, alemão e italiano, muito também por sua versatilidade nas áreas defensivas do campo e qualidade no cabeceio, tanto pro corte, tanto pro apoio e na atual temporada, apresentações comprometedoras em derrotas e gols sofridos, e mesmo assim, ninguém foi melhor que ele em todo o ano, neste setor.







Foto: Getty Images
Lateral esquerdo: Wendell - A posição mais critica do time, teve atletas com atuações bipolares, seja Sebastian Boenisch, Benjamin Henrichs, Marlon Frey ou Wendell, todavia, o brasileiro foi bem mais utilizado por Roger Schmidt e mesmo com seus erros intermináveis, mostrou perfil e postura de quem luta pela evolução e todo seu trabalho no ano, ainda assim, conquistou uma convocação para a Seleção Brasileira pelo técnico Tite e supera as últimas atuações de Benjamin Henrichs, que destacou-se em seu lugar, chegando a Seleção Alemã com apenas 19 anos.






Foto: dpa Picture-Alliance
Primeiro volante: Christopher Kramer - Na posição volante de marcação, Kramer e Lars Bender são as opções, mas por todo período jogado na posição e quando esteve em campo, Kramer vence Bender com certa facilidade. O hoje atleta do Borussia, chegou como campeão mundial pela Alemanha e não deixou ninguém tomar seu lugar desde que chegou. Falhou bastante na ausência de velocidade e reação e por muitos jogos, não tinha função em campo, mas muito pelas lesões de Bender, era a única opção na época.






Foto: Getty Images
Segundo volante: Charles Aránguiz - O chileno adicionou maestria, qualidade de lançamentos, ajuda na marcação e um apoio com muita qualidade na frente. Terminou o ano como começou, tendo sua relevância incontestável em todas posições em que Schmidt colocou. Sem dúvidas, um dos maiores pilares do time.








Foto: bildquelle: dpa
Meia: Kevin Kampl - A posição é uma junção de um segundo volante, com o meia armador e essa função só existe hoje no Bayer, por conta de Kampl, o motor da equipe. Chegou para substituir Gonzalo Castro, ao lado de Aránguiz e no inicio do ano, era o coração, cérebro e alma da equipe, autor da transição, velocidade e empolgação das jogadas. Na temporada 2015/16 esteve machucado e quando voltou, foi fazendo gol em menos de 2 minutos em campo, dando sequencia ao bom futebol.
Sendo digno a receber o popular elogio: "Que jogador do c...".





Reprodução/Site maisfutebol.iol.pt
Armador: Hakan Çalhanoglu - Unanimidade, essa é a palavra quando se fala em meia armador e Çalhanoglu. O atleta continuou sendo recordado como um dos melhores cobradores de bola parada. Em 2016, foi bastante participativo como atacante e quando precisou, atuou como volante, mas sempre sem deixar a qualidade de transição e de armar jogadas em grandes jogos, mesmo sem exibições brilhantes.









Foto: Alex Grimm/Bongarts
Atacante: Karim Bellarabi - Sem dúvida, se o Bayer Leverkusen for considerado um time veloz e elétrico, isso é muito por conta de Bellarabi, o melhor atacante do time. Seu poder de jogadas individuais, de finalizações em curto espaço e sem ângulo, acrescentam seus méritos conquistados. Atuou de lateral, volante, meia e atacante quando Schmidt precisou e em todas essas posições, foi bem, sendo a principal espinha dorsal do time.
Sua ausência desde que se lesionou, fez com que Roger Schmidt tivesse que variar as escalações em praticamente todos os jogos, na tentativa de chegar ao ponto "Bellarabi" ideal do ataque.








Foto: Bundesliga
Centro avante: Javier "Chicharito" Hernández - Gols, o maior objetivo do futebol e que para o Leverkusen, era sinônimo de problemas antes da chegada do mexicano na Alemanha. Terminar a temporada 2015/16 como artilheiro do time, adorado pela torcida, ser pivô de um dos massacres da imprensa inglesa contra o técnico Louis van Gaal, que bancou sua saída do Manchester United, ser cobiçado e cogitado em diversos gigantes da Europa e aumentar seu estrelado com o público mexicano, são fatos que já esclarecem o porque da escolha.






Foto: Getty Images
Sobre o técnico Roger Schmidt: O técnico teve em seus pontos positivos, a calma nos maus momentos do time, sabendo lhe dar com a impaciência da equipe e em momentos de pressão, sabendo orientar seus comandados e por muitas vezes, vendo suas substituições darem frutos, causando vitórias e pontos importantes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário