segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Bayer Leverkusen 2016: Piores do ano

O ano de 2016 para o Bayer Leverkusen foi mais um para a torcida lamentar a falta de títulos e se contentar com as classificações para a UEFA Champions League no final de cada Bundesliga. Duas temporadas (final da 2015/16 e começo da 2016/17) preencheram o ano, que além da Liga Nacional, tivemos Copa da Alemanha, Liga dos Campeões e Europa League. O ano foi bastante negativo em relação ao que sonhamos. Derrotas inaceitáveis, eliminações vergonhosas e diversos episódios que davam-nos bastante fadiga, tristeza e descrença.

Além de todas critérios técnicos e táticos que foram absurdos, também vale salientar os fatos das multas e suspensões de Kevin Volland e do técnico Roger Schmidt, o que ridicularizaram a imagem do clube e trouxeram problemas técnicos pela ausência do atacante e confusão na montagem e substituições do auxiliar técnico Markus Krösche, principalmente na partida contra o Sportfreunde Lotte pela Pokal, onde o Bayer foi eliminado nos pênaltis após o 2 a 2 em 120 minutos e um baile tomado pela equipe de divisão inferior.

Números no ano: 46 jogos disputados, 21 vitórias, 12 empates, 13 derrotas, 104 gols marcados, 57 gols sofridos com saldo positivo de 47 gols.
Como os números dizem, tivemos um ano regular, mas o que engana é o saldo de gols, já que nas vitórias que tivemos, muitas foram por uma diferença média ou alta de gols.

Má fase e lesões atrapalharam Hilbert.
Foto: Getty Images
Pior jogador do ano: Roberto Hilbert -  É uma verdadeira 'briga de galo" quando é pra optar o pior do ano. Hilbert, Kruse e Boenisch foram exatamente inúteis no ano e podem gerar concepções e escolhas diferentes, mas não se pode esperar de dois atletas (Kruse e Boenisch) o que se nunca viu, oposto de Hilbert, que já foi destaque em outras equipes, chegou a ser fixo nas convocações  em temporadas atrás, um bom jogador dos Löwens. O pior do Leverkusen, pode ser visto no Hilbert de 2016.








Com Wendell expulso, o time não fez por merece a continuidade do sonho do título.
Foto: Guido Kirchner/EPA
Pior jogo do ano: Bayer Leverkusen 1x3 Werder Bremen - O ano foi cheio de desastres, eliminação da Pokal 2016/17 contra o Lotte (2x2 - pênaltis 6x5). humilhações na BayArena diante do Werder Bremen (1x4) e Hoffenheim (0x3), ambas pela Bundesliga, mas nenhuma poderia ser mais inaceitável que a eliminação adiante do Bremen pela Copa da sonho do título. O time dava sequência ao bom trabalho no final de 2015 e gerou muita esperança na competição, na ocasião, tínhamos uma dupla de volante segura, armador em alta e um artilheiro "matador". No melhor cenário possível, Chicharito Hernández abriu o placar, dando mais ênfase a já imaginada classificação. Mas, não imaginaríamos que tudo mudaria da água pro vinho, do vinho pra água, melhor dizendo.
O time acomodou-se, junto a seu técnico e viu o adversário forte na luta pelo objetivo, e que empatou o jogo 9 minutos depois, mas o pior não foi o gol levado e sim a ainda extrema confiança dos Werkselfs, que merecidamente levaram a virada ainda na primeira etapa.
O jogo começava a ficar perdido, Wendell seria expulso antes do intervalo, todo o time perdia a cabeça e com qualquer marcação, se irritavam com o árbitro e rivais, o time não tinha mais concentração para jogar e na segunda etapa, o mexicano se lesionou e foi substituído, era a gota d'água para a desgraça naquela noite alemã, que viu uma equipe parecida com juvenis em campo ficarem perdidas no segundo tempo, e ainda ver o Bremen fazer o terceiro, fechando a vitória sobre o time que não sabia ganhar e não aceitava perder.
Óbvio, a derrota contra o mesmo Bremen um mês depois pela Bundesliga por 4 a 1 foi mais ampla, mas já com um cenário destruído e com um fracasso, mesmo que tão grande, já ser esperado.

Volland fez seu melhor jogo, no pior da temporada do time.
Foto: Joachim Sielski/Bongarts
Pior atuação: Sportfreunde Lotte 2x2 (6x5) Bayer Leverkusen - A derrota contra o Bremen foi a pior pela tamanha esperança e postura ridícula que foi vista, mas é incompreensível como um time pode ser horrível durante 120 minutos de jogo, como foi na derrota nos pênaltis contra o Lotte pela Pokal.
Um time da quarta divisão nacional, com uma cota e orçamento matematicamente nunca revelado e que ensinou ao "poderoso" time rubro negro da primeira divisão.
Roger Schmidt estava cumprindo suspensão após confusão com arbitragem pela Bundesliga, Markus Krösche assumia o time, que chegou a está na frente com Volland, um gol que não superou a técnica maiúscula dos donos da casa, que empataram com gol contra de Roberto Hilbert e por muito azar e por Ramazan Özcan, não virou o jogo, que foi para as prorrogações, onde Volland achou mais um gol e com toda incompetência e representatividade do que era o Bayer 04 naquela ocasião, levaram o empate e nos pênaltis, esteve na frente por três vezes e ainda assim, contou com o erro de Julian Baumgartlinger em sua cobrança e ver Luka Tankulic converter e fazer o time de Leverkusen ser a vergonha do Vale do Reno.



Kiessling lamenta gol.
Foto: EFE
Gol mais lamentado: Kevin Freiberger (Sportfreunde Lotte) - O Leverkusen sofreu para fazer o segundo gol e faltava apenas 15 minutos que separavam o time da terceira fase e de um possível vexame. Os torcedores do Leverkusen queriam apenas que o árbitro apitasse pela última vez imediatamente, um jogo dramático e com desempenho fraco, contudo, o time foi ainda mais frágil e levou o gol de empate, marcado por Kevin Freiberger nos acréscimos do primeiro tempo da prorrogação, pondo mais medo a nação leonina, que ainda teria a depressiva e desastrosa derrota nos pênaltis, dando costuma aos desdouros do time.







Meffert no Friburg após "passagem" pelo Bayeer.
Foto: Daniel Kopatsch/Bongarts
Pior contratação: Jonas Meffert - Um erro que tentou ser concertado por outro erro. Meffert é um meia da base do Leverkusen, destaque no Karlsruher e que por 600 mil euros, voltou ao Bayer. Mas não era necessário esse negócio, já que para o setor, a equipe de Schmidt já tinha Aránguiz, Bender, Baumgartlinger, Kampl, Yurchenko, Henrichs e ainda contava com Levin Öztunali e Marlon Frey.
Por que contratar um atleta para essa posição, se já tínhamos tantos no plantel, o que fez até Christoph Kramer ser negociado, além dos destaques da base que viriam a subir posteriormente, dando mais opções.
O atleta não chegou nem a ser apresentado e ganhar um número e dias depois, foi negociado com o SC Freiburg pelo dobro de seu valor, ou seja, ainda tivemos o sucesso de comprar um Meffert e achar um clube inocente para pagar o dobro do que foi negociado. Isso mostra a capacidade intelectual e inteligência do diretor executivo Jonas Boldt que fez um grande negócio, mas que não pode apagar essa infeliz contratação.










11 PIORES DO ANO (4-4-2)


Foto: Eibner
Goleiro: David Yeldell - Não pode ter escolha mais difícil que a de pior goleiro quando temos David Yeldell e Dario Kresic em disputa. Bem, tecnicamente não tem como falar dos dois.
Yeldell atuou apenas uma vez no ano, na vitória diante do Ingolstadt por 3 a 2 na última rodada da Bundesliga e mesmo assim, entrou no lugar do titular Kresic. Cada um levou um gol na partida.
Kresic ainda havia atuado na Pokal contra o Lotte, na vitória por 3 a 0 e era fixamente o reserva de Bernd Leno.
Bem, mesmo sendo praticamente inúteis, o croata Kresic levou uma ligeira vantagem diante do estadunidense Yeldell, já que mesmo com ambas desvalorizações, Kresic era sempre convocado para os jogos e sempre presente no banco de reserva, já o companheiro de posição vivia o ostracismo. Além disso, os goleiros tem uma diferença de valor de 150 mil euros, 150 de Yeldell e 300 de Kresic, que ao sair do Bayer, transferiu-se para o AC Omonia, da primeira divisão do Chipre e Yeldell para o SG Sonnenhof, da terceira divisão alemã.

Foto: Getty Images
Lateral direito: Roberto Hilbert - Titular e símbolo de experiência e vitórias a temporadas atrás, Hilbert é sem dúvidas, o retrato do pior Leverkusen que se pode apresentar. Ídolo do Besiktas e antigo meia do Stuttgart, onde chegou a Seleção Alemã, hoje ele se encontra encostado no time, sendo até a quinta opção na lateral, atrás de Lars Bender, Tin Jedvaj, Benjamin Henrichs e Danny da Costa. Atuou pouco pela fase temerosa e ficou marcado pelo gol contra na partida contra o Lotte, que ajudou na precoce eliminação do Bayer na Copa da Alemanha. Recentemente, falou sobre o desterro ou ignorância da comissão e cada vez mais, é mais fácil vê-lo numa foto do Instagram do que em campo.





Foto: Getty Images
Dupla de zaga: André Ramalho e Alesandar Dragovic - Não é muito justo falar que esses foram os dois piores zagueiros do Leverkusen no ano, mas sim, dizer que entre os cinco (Tah, Toprak, Papadopoulos, Ramalho e Dragovic) foram os dois que menos fizeram pela zaga central.
O brasileiro Ramalho que mostrou-se polivalente, teve suas chances por diversas e consecutivas chances, atuando ao lado de Tah. Foram muitos erros táticas e falha no poder de reação, mas nas últimas partidas, conseguiu se redimir e mostrar um forte poder como elemento surpresa, mesmo nunca dando saldos positivos.
Já Dragovic, foi contratado com status de titular e desde lá, não conseguiu tirar Tah ou Toprak dos 11 iniciais. O austríaco marcou muitas falhas de antecipações em seus jogos e na partida contra o Lotte, a qual parecia um jogo fácil, demostrou-se muito irregular e desentrosado com os companheiros, estando a baixo de Kyriakos Papadopoulos, que também não foi tão bom, mas por seus gols importantes e determinação nos cortes, gera a sua saudade e superioridade em relação ao cobiçado zagueiro titular da Seleção Austríaca.


Foto: Christof Koepsel/Bongarts
Lateral esquerdo: Sebastian Boenisch - Na posição mais critica do time, um atleta que além de não somar, deu prejuízos ao Leverkusen no ano. Presente no Vale do Reno desde 2012, o alemão naturalizado polonês atuou em apenas uma partida em todo o ano. Duas lesões e fragilidade técnica fizeram ser o atleta mais inercio entre os que tinham chances de atuar. Jogou em apenas uma partida, no empate em 3 a 3 com o Augsburg, e quando todos achavam que Wendell poderia ter uma sombra, Ele sofre uma lesão na tendinite e ao fim da temporada, é liberado, e fecha com o 1860 Munique, onde tenta se reerguer.









Foto: Leo Correa
Volante: Lars Bender - Um atleta com muita capacidade técnica e liderança, esse é Lars Bender, capitão do Bayer Leverkusen, que em 2016, manteve o costume de múltiplas lesões, sérias ou leves, mas que não deixaram o medalhista de prata dos jogos Rio 2016 atuar, dando espaço para o inferior em relação a si e mais inteiro fisicamente, Christoph Kramer ser titular por exclusão.







Foto: Getty Images
Volante: Julian Baumgartlinger - Capitão da Seleção Austríaca e símbolo da força do Mainz 05, esse foi o rótulo contratado pelo Bayer quando trouxe Baumgartlinger. O marcador teve suas chances, algumas como titular, entrando no lugar de Kramer que esteve de saída e do lesionado Bender, mas fez diferente do que exibiu na antiga equipe e com méritos, Schmidt resolveu o problema na posição, variando entre Aránguiz, Kampl, Çalhanoglu e recentemente Yurchenko e sempre, nunca esquecendo de Baumgartlinger, que não agarra suas chances.






Foto: Getty Images
Meia: Admir Mehmedi - Um bom jogador, imagem deixada pela atacante suíço em sua primeira temporada. Já teve o mesmo número de gols de Chicharito Hernández na Champions League pelo Werkself. Entrou na má fase no final da temporada 2015/16 e por falta de acerto nas negociações, não acertou sua saída. Continuou em Leverkusen e sofreu para voltar a jogar. Schmidt deu a oportunidade do atleta jogar como falso nove, centro avante e nas duas pontas e nas grandes maiorias das vezes, sem sucesso, marcando apenas 4 gols e dando apenas 2 assistências.






Foto: Getty Images
Meia: Robbie Kruse - Não existe palavras que possam definir as passagens de Kruse no Bayer e nem motivos para mantê-lo no elenco. Um jogador que no Leverkusen nunca mostrou o seu perfil, objetivo e o porque escolheu futebol como profissão. Sem chances no ataque, Roger Schmidt deu chances na meia esquerda e como sempre, sem sucesso.






Foto: AP
Atacante: Kevin Volland - Escolhido como a melhor contratação em 2016 por exclusão, Volland entra na lista dos piores atacantes do Bayer no ano. Contratado como estrela, foi sonhado na fantasia de todos torcedores um trio de ataque formado por Volland, Bellaravi e Chicharito, que não deu certo, graças a falta de faro de gol e qualidade nas assistências. O atacante da Seleção Alemã ainda não mostrou o mesmo futebol como nos tempos de Hoffenheim, mas sem dúvidas, pode se reerguer e junto a Julian Brandt, disputar a vaga no ataque e ser um dos destaques do time.



Foto: Getty Images
Centro avante: Stefan Kiessling - Ícone da geração no Bayer Leverkusen, o atacante não consegue implantar uma sequência de jogos e muito menos completar 90 minutos de uma partida. Seu poder físico de fôlego, reação e velocidade vem caindo a cada jogo, além do seu antigo e saudoso faro de gol, muito por conta das graves e longas lesões ultimamente. Estamos vendo um Kiessling que já está na hora de fazer a transição de jogador de futebol para ex-jogador de futebol.

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