sábado, 19 de agosto de 2017

Análise: Bayer Leverkusen para a temporada 2017/18

Mais uma temporada se inicia para o Maior do Reno e novamente com as duas tradicionais competições para disputarmos: a Bundesliga e Copa da Alemanha, além de que desta vez, o clube não participará da UEFA Champions League, que caso a equipe fosse eliminada na fase de grupos na 3° colocação, garantiria uma 'vaga de consolo' na Europa League, competição qual o Leverkusen já foi campeão em 1987-88.

Após uma temporada com Roger Schmidt e Tayfun Korkut na gerencia técnica, o alemão Heiko Herllich é o novo comandante, o mesmo foi campeão da Copa da Alemanha em 1993 pelo clube, onde começou a carreira profissional e atuou de 1989 a 1993. O técnico de 45 anos tem a missão de fazer com que o clube atinja duros ou até inéditos objetivos nesta época, como avançar de fase nas copas, o que geraria força da marca e ajuda financeira, uma classificação direta para a fase de grupos da Liga dos Campeões para 2018/19 ou até mesmo o mais incomum de todos: um título, seja lá de qual competição for.

Foto: DPA
Para a temporada, o Bayer não contará com as peças fundamentais de anos anteriores, como o zagueiro Ömer Toprak, negociado com o Borussia Dortmund, o meia Hakan Çalhanoglu, vendido ao Milan e o atacante Javier Hernández, o Chicharito, transferido para o West Ham, além de outros nomes como os defensores Roberto Hilbert, Danny da Costa e Kyriakos Papadopoulos. Negócios que deixaram o time com menos pilares nas três áreas do campo e que dificultará ainda mais o difícil projeto no atual cenário, que por outro lado ganhou reforços como a volta do brasileiro André Ramalho e dos meias Dominik Kohr e Marlon Frey, todos voltando de empréstimo, além da contratação do zagueiro e médio defensor Sven Bender, irmão gêmeo do capitão rubro negro Lars Bender.

Qual formação de titulares e suplentes o Leverkusen possui atualmente?

Três saídas e uma chegada, os negócios mais badalados e que mais mexeram no plantel leonino.
A equipe ainda está em formação rumo a sua formação ideal. No gol e laterais, não existe dúvidas, além de Tah na zaga, dúvida apenas em quem seria o seu parceiro, com a disputa entre Dragovic e Sven, qual parece está na frente. Aránguiz e Kampl no meio são essenciais, pela marcação, mobilidade e transição, além da velocidade e poder de polivalência de Bellarabi, que pode contar com o talento de Brandt na armação. Baumgartlinger e Lars, volantes marcadores, brigam entre si e por uma vaga no meio pela cabeça de área, Kohn corre por fora e Havertz, sem dúvidas, esse sim ganhará chances e será o principal jogador do banco, podendo até ser titular no decorrer dos próximos jogos.
Na frente, o ídolo Kiessling parece não ter mais poder físico para suportar um grande e duro jogo. Seguindo o históricos dos treinos e últimos jogos do time, aparentemente Herllich dará chances a Kevin Volland e sobrará uma vaga para Mehmedi, Bailey e Pohjanpalo, que é o meu preferido para a posição de homem gol. Assim, o meu time ideal seria:

[4-4-2]: Bernd Leno; Benjamin Henrichs, Jonathan Tah, Sven Bender e Wendell; Charles Aránguiz, Kevin Kampl; Karim Bellarabi e Julian Brandt, Kevin Volland e Joel Pohjanpalo

Seguindo o mesmo esquema que adotei nos titulares, os reservas viriam de: Ramazan Özcan; Jedvaj, Ramalho, Dragovic e Abu Hanna; Baumgartlinger, Kohr, Yurchenko e Havertz; Mehmedi e Bailey
Esse time mostra a necessidade que o clube precisa em contratar um zagueiro, um lateral esquerdo, um armador e um atacante de velocidade. O Löwen tem um plantel talentoso, experiente e promissor, mas aparentemente suficiente apenas para conseguir fugir da 'zona da degola' do final no primeiro semestre de 2018. Será preciso peças pontuais e o principal e tão necessário a anos: filosofia da atual gestão na reprodução dos projetos.

Brasileiros: Wendell (esq.) é o único lateral esquerdo do elenco, enquanto André Ramalho disputa vaga na zaga central.
Foto: Bayer 04 Leverkusen 
Se o clube quiser comemorar algo inédito ou grande aos olhos atuais, precisa mais do que nunca, reformular seus conceitos e ser radical em sonhar alto. As vendas simbolizam lucros financeiros, mas a não contratação de reposição pode simbolizar problemas no futuro. É necessário que os executivos Jonas Boldt e Rudi Völler façam uma intensa análise do que quer e precisa ter o sucesso desejado, pois o atual cenário (histórico, futebol apresentado, nível técnico dos adversários e elenco) não nos credencia a esperança.

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